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19.09.2016

NOTA PÚBLICA


O Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Norte (SINDERN), entidade com atuação na defesa dos interesses dos Enfermeiros no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, através da presente Nota Pública, muito além de atuar na condição de porta voz da classe profissional referida, mas acima de tudo enquanto entidade cidadã com papel institucional perante a sociedade como um todo, vem a público externar a situação dos hospitais José Pedro Bezerra (Santa Catarina), o hospital Giselda Trigreiro, em última instância a situação da saúde pública no Estado do Rio Grande do Norte.

O Estado do Rio Grande do Norte suspendeu o repasse de gêneros alimentícios suficientes para o abastecimento adequado das unidades de saúde sobre sua responsabilidade. Como resultado, os hospitais acima relatados suspenderam as refeições oferecidas aos funcionários e acompanhantes dos pacientes. Tal situação pode chegar ao absurdo de ser suspensa a alimentação dos próprios pacientes que, muitas vezes possuem na nutrição hospitalar parte integrante e indispensável do seu tratamento.

No caso dos profissionais de saúde, o não fornecimento de refeições os obriga a sair do local de trabalho para se alimentar, levando mais tempo do que o habitual, e por conseguinte prejudicando a assistência aos pacientes. Tal fato igualmente sujeita os profissionais a riscos inerentes ao deslocamento externo, em especial em decorrência da grave crise de insegurança pública pela qual passamos na atualidade.


Acerca da insegurança relatada, ressaltamos que as unidades de saúde do Estado acima referidas estão funcionando sem qualquer vigilância, o que aumenta o clima de incertezas pela qual passam os profissionais.

O desabastecimento de medicamentos e material de rotina clínico/hospitalar é outra mazela crônica no Estado do Rio Grande do Norte, além do déficit de pessoal para atendimento da demanda cada vez mais crescente, desencadeando a sobrecarga dos profissionais de saúde, e em especial dos Enfermeiros, que atuam na linha de frente da atenção em saúde.

Por estas razões, o SINDERN está convocando os órgãos responsáveis pela superação das dificuldades apontadas, para que possam agir com a maior brevidade possível para permitir a saída do Estado de Calamidade não declarada que vivemos na atualidade. Para tanto solicitamos formalmente audiência com o Secretário de Saúde Estadual e pleiteamos fiscalização do COREN quanto ao dimensionamento dos profissionais em relação ao quantitativo de pacientes.

A Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte Pede SOCORRO!

 

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